SUSTO
Moradias na Vila Emília são
atingidas com possíveis destroços de explosivos oriundos de exercício militar
Terror
é a palavra que pode expressar o que passaram alguns moradores da Vila Emília
no final da tarde. Duas explosões, oriundas provavelmente da linha de tiros do Exército
Brasileiro, que desenvolvia atividades com armamentos, acabou atingindo
residências na comunidade, quebrando vidros e até mesmo, atingidos moradores
com pedaços de metais.
Conforme
Ari Rodrigues, ele estava no pátio da casa na rua Sétimo Nocchi, sendo que o
metal rasgou a lata da casa e feriu o moradores que teve que ser socorrido e
levado ao hospital. Jacira, esposa de Auri, ainda trêmula, contou que por
detalhes estilhaços não atingiram sua filha de seis anos que assistia televisão
na sala da mesma residência. Na rua Darci Trindade Barbosa, um outro pedaço de
metal, muito semelhante ao utilizado em munição pesada, atingiu a residência do
seu Chila da Rosa, caindo a centímetros do moradores de 80 anos. O impacto das
duas explosões também fez chover pedras em várias residências e uma delas
atingiu a moradora Valdete. Janelas e portas de vidros foram estilhaçadas e na
residência do líder comunitário Camilo Alves, até um banheiro foi destruído
pelas explosões. A primeira explosão aconteceu por volta das 17h e a segunda
aconteceu as 17h40. As explosões foram ouvidas por toda a cidade. Por alguns
minutos os moradores da comunidade se sentiram em uma zona de conflito e
sentiram de perto o que sentem moradores da Faixa de Gaza.
Moradores
se dirigiram ao 7° RC Mec, que informalmente declarou que vai abrir inquérito
para apurar o que realmente aconteceu. Mais tarde o major André Leites
confirmou que foram destruídos equipamento metálico que já estavam sem uso e a
segunda explosão foi além do desejado. Mas o inquérito militar foi aberto.
Reportagem
e fotos: Sidnei Silva-Especial
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