Áudios

sábado, 28 de novembro de 2015

Assalariados rurais têm federação própria

FETAR/RS
Sindicatos fundaram a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul

Foi fundada na sexta-feira (27), a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul – Fetar-RS, a partir da união dos Sindicatos Rurais de Bagé, Vacaria, São Borja, Arroio Grande, Santa Vitória do Palmar, Itaqui, Sant'Ana do Livramento e Uruguaiana. 
Uma letrinha na sigla e uma palavra no nome distinguem, definitivamente, os homens e as mulheres trabalhadores e trabalhadoras rurais em agricultores familiares e assalariados rurais. Estes últimos totalizam 160 mil pessoas no Estado. 
À frente da Fetar-RS, Nelson Wild, vice-presidente da Fetag que, até o final de fevereiro de 2016, acumula as duas funções para, a partir de março, dedicar-se à organização da nova federação. 
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que as duas federações trabalharão visando o bem-estar dos trabalhadores rurais, sejam eles agricultores familiares ou assalariados rurais. E que o momento não é de racha e sim de construção. 
Nelson Wild, destacou o reconhecimento ao pioneirismo de Rui Campos, numa retomada histórica da organização dos assalariados rurais no Estado. Ele conta que, ao longo dos anos, milhares de trabalhadores assalariados rurais foram tirados da informalidade, tendo acesso à saúde, segurança, redução nos descontos de alimentação e habitação, resultando na melhoria da qualidade de vida. E assegura que a experiência acumulada no trato com essa questão ao longo dos últimos 30 anos lhe dá segurança para conduzir a nova entidade.
De olho no futuro e na solidificação da Fetar, o dirigente diz que a ideia, nas regiões em que o trabalho assalariado seja preponderante, é de que haja sindicatos específicos. Wild defende uma ação mais próxima e, para isso, destaca a importância da sindicalização, que os assalariados rurais filiem-se aos sindicatos. Nelson falou ainda da questão estrutural, como os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e o dia a dia, exemplificando a tentativa de precarização dos direitos dos trabalhadores. “A Fetar terá uma bandeira de luta forte: combater a precarização dos direitos, terceirização e qualquer forma de flexibilização de legislação trabalhista e previdenciária”. Outro ponto fundamental, diz Wild, é a autossustentação da nova federação. “Queremos uma contribuição que venha do trabalhador e não do governo”, completa, assegurando que o trabalho inicial será de organização e formalização, numa agenda que garanta avanços para os assalariados rurais gaúchos.

Fonte: Fetag/RS

Nenhum comentário: