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quinta-feira, 7 de abril de 2016

MPT debate na Assembleia situação dos hospitais filantrópicos

SAÚDE
Segmento já demitiu 34 mil trabalhadores no Brasil e 4 mil no Rio Grande do Sul

O Ministério Público do Trabalho (MPT) participou, na manhã desta quarta-feira (6/4), de audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, realizada no Espaço da Convergência Deputado Adão Pretto. A procuradora Fernanda Arruda Dutra informa que o encontro buscou alternativas para os sete hospitais filantrópicos da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, incluindo a Santa Casa de Uruguaiana. Também foram discutidas soluções para a redução dos recursos repassados pelo Estado. O quadro atual é de diminuição dos serviços prestados à população, greves e atrasos no pagamento dos fornecedores e dos salários dos trabalhadores. Alguns gestores já falam, inclusive, no fechamento das instituições, caso o problema do financiamento não seja resolvido.
Representando o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos e Empregados em Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (SindisaúdeRS), Renato Correa disse que “o Estado paga menos do que deve e aplica sanções aos hospitais que, sem recursos, não conseguem cumprir as metas estabelecidas nos contratos”. Ele revelou que só a Santa Casa de Uruguaiana tem prejuízo mensal de R$ 250 mil. A instituição, conforme o sindicalista, deixou de receber do Estado R$ 12 milhões dos R$ 39 milhões previstos para 2015.
Situação semelhante se repete nos hospitais filantrópicos de Sant'Ana do Livramento, Alegrete, São Gabriel, Rosário do Sul, Itaqui e Quaraí.
O superintendente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Jairo Tessari, não vê saída imediata para o segmento, que já demitiu 34 mil trabalhadores no Brasil e 4 mil no Rio Grande do Sul, além de ter fechado 11 mil leitos no País.

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